14 de agosto de 2010

MEDIUNIDADE

Mediunidade significa também ser intermediárioE quem é intermediário, é de alguém. Assim o médium está transmitindo mensagens de alguém.Alguém está ditando para ele essas mensagens.Alguém está transmitindo os fluidos curadores por seu intermédio. Assim, o médium de cura está transmitindo os fluidos curadores de um espírito. Assim, o médium deve se preparar para trabalhar nessa tarefa.Assim, o médium deve trabalhar nos moldes de Jesus Cristo. Afinal, quem cura não é o médium.Quem cura é o espírito que doa os seus fluidos. E se o médium recebe de graça.O médium deve distribuir de graça. Não se pode cobrar algo que não é seu, Aprendamos com Jesus Cristo.Jesus Cristo curava.E não cobrava nada de ninguém. E que Jesus Cristo esteja em seus pensamentos no exercício da mediunidade de cura.

12 de junho de 2010

A MEDIUNIDADE É UM CANAL ENTRE NÓS E O MUNDO ESPIRITUAL

Muitos médiuns, antes da sua reencarnação, aceitaram a tarefa mediúnica como opção de resgate de erros de vidas passadas. Por isso não se trata de pessoas diferentes, favorecidas ou desfavorecidas pela vida.
Mas todo aquele que comece a sentir sintomas que indicam mediunidade, deve começar a pensar com seriedade sobre o assunto.
Não é em vão que os poderes superiores nos dão faculdades mediúnicas. Elas existem para podermos entrar em contato com o mundo espiritual, receber notícias dos que se foram, esclarecimentos sobre a vida nessa outra dimensão, sobre as leis naturais e sobre todos aqueles “porquês” que tanto angustiam a alma humana. Mas existem principalmente como instrumentos para a prática do bem, no atendimento a espíritos sofredores e obsessores, no consolo aos aflitos de toda natureza e para alívio e cura de enfermidades do corpo e da alma.
Sabe-se que a tarefa mediúnica é programada antes da reencarnação e, muitas vezes, ela representa uma troca nas formas de resgate kármico. Digamos que um espírito, conhecendo ou lembrando-se de uma ou mais de suas vidas passadas, nas quais cometeu faltas graves perante a Lei Maior, decide-se a resgatá-las. Entende então, que para acabar com aquele remorso, retirar aqueles “pesos” de sua consciência profunda, precisa renascer na Terra e purgar suas culpas numa existência de grandes sofrimentos ou limitações.
Nessas situações, e quando há merecimento de sua parte, ele pode conseguir uma troca. Em vez de reencarnar com um programa de vida repleto de dores e aflições, irá retornar á matéria trazendo um compromisso de trabalho mediúnico. É a permuta de sofrimentos por uma tarefa de amor. E lembramos, a propósito, que o apóstolo afirmou: “O amor cobre uma multidão de pecados”.
Assim, em vez da doença, da penúria, das deficiências físicas ou problemas semelhantes, esse espírito reencarna trazendo compromisso de trabalho mediúnico, inteiramente gratuito, visando apenas fazer o bem, ajudar o próximo necessitado.
Também é verdade que muitos médiuns sofrem... e muito. Sem dúvida sofreriam muito mais, não fosse a sua tarefa mediúnica.
Mas há também casos de mediunidade que não representam resgate, mas uma tarefa de amor que alguém resolveu assumir.
Se o sofrimento é caminho de evolução, também é instrumento de contenção e de equilíbrio. A dor, queiramos ou não, nos preserva de muitas quedas espirituais, e muitas almas valorosas não a dispensam de suas programações reencarnatórias.
Sempre que alguém vai voltar à terra comprometido com tarefa mediúnica, os mentores elaboram um planejamento para suas futuras atividades. Eles também o preparam devidamente, para poder servir, quando na Terra, como intermediário entre os encarnados e os desencarnados.
O futuro médium então renasce e cresce, recebendo os devidos cuidados da parte dos espíritos responsáveis pela sua tarefa.
Então, ao aproximar-se a época em que deve iniciar a sua atividade mediúnica, começam a lhe ocorrer coisas estranhas: perturbações as mais variadas, doenças que os médicos não conseguem diagnosticar, acidentes anormais, sensações perturbadoras como arrepios e formigamentos, sonhos esquisitos, pesadelos, dores de cabeça, visão ou audição de espíritos, e outras semelhantes.
Nessas ocasiões sempre aparece alguém para dizer que isto pode significar mediunidade.
Pois bem, quando o médium, obedecendo ao compromisso assumido, inicia o desenvolvimento de suas faculdades, também passa a merecer assistência dos bons espíritos, que irão orientá-lo e ajudá-lo de acordo com permissão superior. Mas, para que possa receber essa ajuda é necessário que se torne merecedor, sendo dedicado, responsável, e procurando melhorar sempre as próprias atitudes, tornado-as mais compatíveis com a nobreza de uma tarefa no bem.
O médium deve também trabalhar, sem cessar, pela própria evolução ou crescimento interior; dedicar-se a leituras de elevado teor espiritual, como por exemplo “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. A conduta reta e o amor fraterno representam a sua segurança e equilíbrio como medianeiro entre a dimensão material e a espiritual. Isto é fundamental para fortalecer o seu campo energético e situá-lo fora da faixa de sintonia com entidades inferiores.
Nos meios espíritas é onde poderá encontrar maior segurança para suas atividades, porque é onde melhor se conhece e mais seguramente se trabalha no campo mediúnico.
Mas a mediunidade também pode ser uma faca de dois gumes: com Cristo, na caridade mais pura e sob a direção de pessoas experientes e verdadeiramente fraternas, apresenta-se como ponte de luz entre a Terra e o Céu. Mas quando se propõe ao atendimento a interesses rasteiros, ao ganho de bens, de posições, de influência ou status, ou pior ainda, a fazer o mal, ela se transforma em canal para espíritos das sombras com resultados imprevisíveis, mas sempre muito ruins.
E o pior ocorre no retorno ao mundo espiritual, depois da morte. Ali, o médium faltoso terá de amargar suas dores, seus remorsos e o resultado de suas ações irresponsáveis ou antifraternas, sem falar em que terá de recomeçar tudo outra vez, e em condições mais desfavoráveis.
Na maioria dos casos, o candidato a médium começa a receber o chamamento para a tarefa e não atende; muitos por medo, outros por acomodação e outros ainda, por causa de suas religiões, pois a maioria delas, sem conhecerem bem o assunto, condenam a mediunidade e a comunicação dos espíritos.
Mas as suas faculdades certamente começarão a aflorar, mesmo assim, no tempo previsto. Só que, pela falta de orientação adequada e pelo não cumprimento do compromisso assumido antes da reencarnação, elas podem transformar-se em canal para as mais diversas perturbações, podendo desembocar em doenças ou em desequilíbrios os mais variados, de conseqüências imprevisíveis.
É preciso, no entanto, ver que não foi a mediunidade a causadora desses problemas, mas sim, o descaso do próprio médium que deixou de cumprir seus compromissos.

PERGUNTA FREQUENTE
É possível que todas as pessoas sejam médiuns?

De certa forma todas as pessoas são médiuns, porque todas são passíveis de serem influenciadas pelos espíritos, mas quando falamos em médium a referência é feita aos que tem essas faculdades mais desenvolvidas, capazes de transmitir o pensamento dos espíritos, ou servir como veículo para suas manifestações na matéria.
Há médiuns, desde aqueles que possuem faculdades apenas latentes, até aqueles outros nos quais elas se apresentam com toda a sua potencialidade.
Os primeiros, regra geral, não têm maiores compromissos nesse terreno, enquanto uma mediunidade estuante certamente está informando que há tarefas de maior ou menor abrangência em sua pauta reencarnatória.
Também há casos em que a tarefa é ampliada no decorrer dos anos, a depender do desempenho do médium, enquanto em outros ela não chega a ser cumprida em sua totalidade. E há também aqueles, infelizmente muitos, que a abandonam a meio do caminho, sem falar nos que nem chegam a iniciá-la.
Na maioria dos centros espíritas há cursos para médiuns, com estudos doutrinários e sobre mediunidade, nos quais os participantes vão aprendendo a se concentrar e a educar suas faculdades. Isto é muito importante para que a sua tarefa possa desenvolver-se com equilíbrio e dentro dos princípios de ética ensinados pelo Espiritismo.
A mediunidade praticada com amor, dedicação e desprendimento é fator de equilíbrio e paz para seu portador.

PERGUNTA FREQÜENTE
Quais são as principais atividades mediúnicas desenvolvidas num centro espírita?

As principais atividades mediúnicas nos centros espíritas são a desobsessão e o atendimento a espíritos sofredores.
Alguns centros também se dedicam a curas através da mediunidade, nos mais variados formatos.
Mas as faculdades mediúnicas também são utilizadas para contatos com espíritos orientadores, para recepção de mensagens, para escrita de livros, e muitas outras finalidades voltadas para o bem.
E há ainda a pintura de quadros, por espíritos de pintores, a composição de músicas, etc.

20 de abril de 2010

Palestra sobre Apometria

Convite

Convidamos a todos os amigos, doutrinadores e médiuns a se fazerem presentes a Palestra sobre "Apometria" com o Terapeuta Gelson Celistre.Dia: 1 de maio as 9 hs da manhã. Local: Gepe - Grupo Espirita Paulo e Estevão, (auditorio)Rua: Luiza Miranda Coelho 743, Agua FriaBairro: Luciano Cavalcante.Entrada franca. Agrademos a sua presença. Informações: socorroap@hotmail.com(85) 4101-1106 - 9984-2680

7 de abril de 2010

O Papel do Médium nas Comunicações

O termo médium tem a sua origem na língua latina (médium) e é aquele que serve de instrumento entre os dois pólos da vida: física e espiritual. “Médium é o ser, é o indivíduo que serve de traço de união aos Espíritos, para que estes possam comunicar-se com os homens: Espíritos encarnados”, conforme acentuou o espírito Erasto, em memorável comunicação sobre a mediunidade dos animais, inserta em “O Livro dos Médiuns”, capítulo XXII, item 236.
Desta forma o Espírito do médium é o interprete do Espírito comunicante, porque está ligado ao corpo que serve de comunicação e porque é necessária essa cadeia entre o médium e o os Espíritos, como é necessário um fio elétrico para transmitir uma notícia à distância, e na ponta do fio uma pessoa inteligente que a receba e a comunique.
Daí entende-se que o papel do médium é sempre ativo nas comunicações, seja ele consciente ou inconsciente. Lembremo-nos do que são médiuns consciente ou inconsciente.
- Consciente: o médium sabe o que o Espírito quer falar antes que o faça.Há exteriorização do perispírito do médium de apenas alguns centímetros e a formação da atmosfera fluídica entre as suas irradiações perispirituais e as do Espírito comunicante.
O Espírito emite o pensamento e tenta influir sobre o órgão material do médium; o médium sente essa influência e capta o pensamento do Espírito comunicante na origem, antes de falar, e pode transmiti-lo ou não. Se concordar em falar, transmite a idéia conforme a entende e usando seu próprio estilo, vocabulário e construção de frases.
- Inconsciente: exteriorização total do perispírito do médium e formação da atmosfera mediúnica ; inexiste ligação entre o cérebro do médium e a mente do manifestante e mesmo entre a sua própria mente perispiritual e o cérebro físico.
Ocorre uma atuação mais direta do comunicante sobre o organismo mediúnico, através dos centros nervosos liberados. A mensagem é transmitida sem que o médium guarde consciência cerebral dela, em Espírito, porém o médium está consciente - desde que não esteja em processo obsessivo.

Portanto, no aspecto funcional a influência do médium na comunicação pode ser:
• Quanto à forma de expressão do pensamento: o espírito pode exprimir-se em língua que ele mesmo não conheceu em nenhuma de suas existências terrenas mas que é familiar ao médium porque o Espírito estará emitindo o pensamento e o médium “traduzindo” em um dos idiomas terrestres que conheça.
O Espírito também pode fazer que o seu pensamento seja reproduzido em um idioma que lhe é familiar mas ao médium não - nem em outra existência; a dificuldade, neste caso, está em que terá de procurar os sons conhecidos pelo médium em outros idiomas e tentar reuni-los formando as palavras do idioma que quer empregar.
A mesma resistência mecânica encontrará o Espírito quando quiser escrever por um médium analfabeto, desenhar por um médium que não possua técnica ou aptidão para isso.
• Quanto ao conteúdo do pensamento a ser expresso: por processo análogo e com igual dificuldade, o Espírito poderá conseguir que o médium pouco desenvolvido intelectualmente, transmita comunicações de ordem elevada. Mas, comumente, o médium “interpreta” o pensamento do espírito. Se não compreender o alcance desse pensamento, não o poderá fazer com fidelidade. Se compreender o pensamento mas, por falta de simpatia ou outro motivo, não for passivo (isto é, se misturar suas idéias próprias com as do Espírito comunicante), deformará o pensamento comunicado.

Observação: Não só o Espírito tem suas aptidões particulares, também o médium possui um “matiz” especial a colorir sua interpretação. Um único médium, por melhor que seja, não fornecerá boas comunicações em todos os gêneros de manifestações e conhecimentos.
O Espírito preferirá o médium que menos obstáculos ofereça às comunicações usuais e de certa extensão, embora possa, na falta de instrumento melhor e ocasionalmente, servir-se do que tem à mão.
Conclui-se, desta forma, que cabe ao médium desenvolver-se intelectualmente e moralmente, para oferecer extensa faixa de interpretação e forma mais fiel ao pensamento do Espírito comunicante.


Bibliografia• Kardec, Allan - O Livro dos Médiuns - Cap. XIX, q. 225, FEESP . 2ª ed. São Paulo, 1989• FRANCO, DIVALDO P. - Estudos Espíritas, pelo espírito Joanna de Ângelis, Lição 18 - Mediunidade, FEB, 4a. Ed. 1987.• Oliveira, Therezinha - Mediunidade, cap. 19, EME, 1ª Ed. 1994Hérin Andreas / Tereza Cristina D’Alessandro

8 de março de 2010

Mulher

Mulher...Especial a VcQue traz beleza e luz aos dias mais difíceis.Que divide sua alma em duas,para carregar tamanha sensibilidade e força.Que ganha o mundo com sua coragem.Que traz paixão no olhar.Mulher, que luta pelos seus ideais,que dá a vida pela sua família,que ama incondicionalmente,se arruma, se perfuma,que vence o cansaço,chora, ri e sonha..
Um grande abraço pra vc
Querida AMIGA.

1 de março de 2010

RESPOSTAS DA VIDA

Demonstre um pouco mais de paciência nos momentos de inquietação e evitará desgostos incalculáveis.Abstenha-se algo mais de reclamações. mesmo justas, no que se reporta aos seus interesses pessoais, e observará quanta simpatia virá depois ao seu encontro.Mostre um pouco mais de serenidade nos instantes de crise e você se transformará no apoio providencial de muita gente.Censura é uma fórmula das mais eficientes para complicar-se.Não se oponha contra quem fale pelo simples prazer da contradita.Habitue-se a evitar confrontações para não ferir as suscetibilidades de quem ouve.A frente da realidade, vivamos com as nossas lições, mantendo a consciência em paz, e deixemos aos outros o seu próprio dom de aprender e de viver.Se você acredita que franqueza rude pode ajudar alguém, observe o que ocorre com a planta a que você atire água fervente.A sua vida será sempre o que você esteja mentalizando constantemente. Em razão disso, qualquer mudança real em seus caminhos, virá unicamente da mudança de seus pensamentos

28 de fevereiro de 2010

PENSAMENTOS

Nem sempre estamos habilitados a eleger o nosso ambiente mais íntimo, na experiência cotidiana. Às vezes, somos constrangidos a suportar certos quadros de luta ou a partilhar o convívio de pessoas que não se nos afinam com a maneira de ser, em razão dos compromissos que trazemos de existências passadas. Entretanto, em qualquer situação, somos livres para escolher os nossos pensamentos. Cada inteligência emite as idéias que lhe são peculiares, a se definirem por ondas de energia viva e plasticizante, mas, se arroja de si essas forças, igualmente as recebe, pelo que influencia e é influenciada. Ainda mesmo por instantes, toda criatura, ao exteriorizar-se, seja imaginando, falando ou agindo, em movimentação positiva, é um emissor atuante na vida, e, sempre que se interioriza, meditando, observando ou obedecendo, de modo passivo, é um receptor em funcionamento. Aqueles que se desenvolveram mentalmente, atingindo a esfera das criações sugestivas, assumem o papel de orientadores, adquirindo responsabilidades mais vastas pela facilidade com que articulam programas de rumo para os outros. Cada qual expõe o que pensa pelo esforço que realiza: o cientista pela obra a que se consagra, o professor pelo que ensina, o escritor pelo que escreve, o comentarista pelo que fala, o artista pelo trabalho em que se revela. Analisemos, assim, aquilo que nomeamos como sendo nosso "estado de espírito". Tensão, dúvida, angústia, irritação, otimismo, coragem, confiança ou alegria são frutos de nossa preferência no mercado gratuito das idéias, de vez que o fio invisível de nossas ligações com o bem ou com o mal parte essencialmente de nós. Convençamo-nos de que a nossa mente possui muita coisa de comum com o aparelho radiofônico. Emissões construtivas ou deprimentes, significando a carga sutil de sugestões boas ou más que aceitamos e companheiros encarnados ou desencarnados, alcançam-nos incessantemente e podem alterar-nos o modo de ser, mas não podemos olvidar que a nossa vontade, é o sintonizador. Autor : Emmanuel

24 de fevereiro de 2010

ÂNSIA DE VIVER

A definição do vocábulo vida, apresentada por alguns dicionaristas, restringe-se aos fenômenos biológicos, metabólicos, às reações, ao movimento, à reprodução, às atividades orgânicas...
Trata-se, evidentemente, de uma conceituação materialista, porque, na morte, a vida teria o seu encerramento, o que não corresponde à veracidade dos fatos, porquanto as evidências e a documentação a esse respeito são robustas e variadas em todas as épocas da Humanidade e em todos os povos.
Uma enunciação correta deveria esclarecer que ela prossegue depois da disjunção celular, ampliando-se na imortalidade, quando se expressa integral e sem interrupção em toda a sua plenitude.
Considerando-a um feixe de fenômenos comandados por automatismos cerebrais, no caso dos animais, incluindo-se o ser humano, o materialismo deixa claro que a sua finalidade desaparece quando se desarticulam as partes constitutivas do organismo...
Como consequência, tomam corpo as doutrinas do hedonismo e do utilitarismo, mediante cuja proposta viver é uma experiência de curto prazo, na qual o prazer individual deve predominar como programa de referência que justifica o próprio ato de existir. Esse prazer egoístico terminará por tornar-se geral no grupo, já que a vivência de cada qual culmina ao integrar-se na coletividade.
Assim sendo, as dores e as aflições, as dificuldades e as limitações tornam-se aberrações sem explicação, que a umas pessoas alcançam e a outras não, mas que aquelas que as sofrem, não tendo forças para suportá-las, têm o direito de interrompê-las a bel-prazer, evitando padecimentos destituídos de sentido e de significado psicológico...
Em razão dessa postura, a existência física deverá ser aproveitada totalmente, fruindo-se todas as concessões propiciadas pelas faculdades orgânicas, o intérmino prazer que leva à exaustão.
Essa conduta sensualista transforma o ser humano em objeto de uso e gozo, que não merece maior consideração, seja do ponto de vista filosófico como do psicológico.
Sem dúvida, é uma proposta totalmente ultrapassada, em razão da documentação preciosa em torno da imortalidade do ser e dos objetivos relevantes a respeito do seu destino.
Tais atitudes, apresentadas no passado como reação às imposições dogmáticas, poderiam atrair, como aconteceu, muitos simpatizantes, embora a antiguidade dos seus conteúdos, que remontam ao pensamento filosófico ancestral. Na atualidade, porém, face às avançadas pesquisas em torno do Espírito e da sua comunicabilidade, já não encontram guarida nas pessoas que investigam a realidade do ser existencial.
*
É compreensível que a vida física proporcione prazeres, alegrias e felicidade, que constituem recurso de valioso estímulo a fim de ser conduzida, particularmente quando se sabe da ocorrência dos fenômenos de dor e angústia, de doenças e desencantos que todos também experimentam em maior ou menor grau de intensidade.
A ânsia de vivê-la plenamente é uma necessidade espiritual, que não tem cabida nas experiências sensoriais exclusivas. O ser humano é mais do que o corpo que utiliza no processo de ascensão. Terminada uma etapa experimental, outra surge mais complexa e desafiadora, através de cujo curso alcança os píncaros da alegria sem jaça.
Superando os imperativos utilitaristas estão as emoções estéticas, o júbilo de servir e de desenvolver programas que contribuem para a felicidade das demais pessoas, tornando-a dignificada pelo seu sentido existencial.
Miguel Ângelo, nessa ânsia transcendental, atingiu o êxtase com os seus Moisés, a Pietá, a Capela Sistina...
Beethoven alcançou o ápice da harmonia ao compor a Nona Sinfonia...
Marie Curie, exausta e semi-adormecida, conseguiu o clímax dos júbilos ao ver a irradiação que resultava dos seus experimentos...
Santa Catarina de Siena, mergulhada na contemplação, pairou acima das sensações físicas, na ânsia de sintonizar-se com Jesus...
Estêvão, apedrejado, emergiu das dores físicas e flutuou nas vibrações sutis da liberdade total do corpo vencido.
Cristóvão Colombo entrou em arrebatamento íntimo, ao defrontar as terras que buscava e sabia existirem...
Pasteur, pesquisando sem cesar, delirou de felicidade, ao detectar os microorganismos em cuja existência acreditava...
Todos eles, e inumeráveis outros, experimentaram esse arroubo de ventura incomparável, sem nenhum mecanismo patológico estabelecido pela Psiquiatria.
Lúcidos e integrados na Consciência Cósmica, alcançaram a finalidade da vida a que se dedicaram na Terra.
Mas não somente eles que se celebrizaram, e sim milhões de pessoas equilibradas, idealistas, que pugnaram pelos objetivos anelados e os lograram.
Essa ânsia de vida, que pulsa nos sentimentos e na inteligência dos seres humanos, obedece ao Tropismo Divino que os arrasta na Sua direção.
*
Eu sou a vida abundante – anunciou Jesus, que possuía os recursos hábeis para todos os gozos humanos. Mas, conhecedor da realidade única, demonstrou desinteresse pelos mesmos, em razão da sua duração efêmera, das aflições que logo surgem, da volúpia que se apresenta na necessidade para novos tentames.
Senhor dos Espíritos, viveu intensamente a alegria de ser pleno, de arrebanhar as criaturas na Sua direção, a fim de conduzi-las a Deus.
Os Seus ensinamentos, saturados de vitalidade, são ricos de beleza e ética, de sabedoria e amor, que constituem a mais salutar terapia que se conhece, tornando-se, nos dias atuais, verdadeira diretriz de saúde e bem-estar para os comportamentos alienados e infelizes.
A ânsia de vida é a necessidade de superação dos limites orgânicos para conseguir-se a amplidão do Infinito.

22 de junho de 1997

10 de janeiro de 2010

" É longo o caminho "

Quando sua vida começa, você tem apenas uma mala pequenina de mão...À medida que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando porque existem muitas coisas que você recolhe pelo caminho, coisas que você pensa que são importantes... A um determinado ponto do caminho, começa a ficar insuportável carregar tantas coisas; pesa demais... Então, você pode escolher: Ficar sentado a beira do caminho, esperando que alguém o ajude,o que é difícil, pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem... Você pode ficar a vida inteira esperando, até que seus dias acabem, ou pode aliviar o peso, esvaziar a mala. Mas, o que tirar? Você começa tirando tudo para fora... Veja o que tem dentro: Amor, amizade... Nossa! Tem algo pesado... Você faz força para tirar... Era a raiva - como ela pesa! Aí, você começa a tirar, tirare aparecem a incompreensão, o medo, o pessimismo... Nesse momento, o desânimo quase te puxa pra dentro da mala. Mas você puxa-o para fora com toda a força e, no fundo, aparece um sorriso, sufocado no fundo da bagagem... Pula para fora outro sorriso e mais outro. E aí, sai a felicidade... Então, você coloca as mãos dentro da mala de novo e tira pra fora a tristeza.. Agora, você vai ter que procurar a paciência dentro da mala, pois vai precisar bastante... Procure então o resto: força, esperança, coragem, entusiasmo, equilíbrio, responsabilidade, tolerância e o bom e velho humor. Tire a preocupação também. Deixe-a de lado. Depois, você pensa o que fazer com ela... Bem, sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo. Mas, pense bem o que vai colocar lá dentro de novo, hein?
Agora, é com você! E não se esqueça de fazer isso mais vezes, Pois o caminho é muito longo...(desconheço autoria)