21 de maio de 2009

Atividade Noturna do Espirito (Desdobramento e Mediunidade)

Durante o sono o Espírito desprende-se do corpo; devido aos laços fluídicos estarem mais tênues. A noite é um longo período em que está livre para agir noutro plano de existência. Porém, variam os graus de desprendimento e lucidez. Nem todos se afastam do seu corpo, mas permanecem no ambiente doméstico; temem fazê-lo, sentir-se-iam constrangidos num meio estranho (aparentemente).
Outros movimentam-se no plano espiritual, mas suas atividades e compressões dependem do nível de elevação. O princípio que rege a permanência fora do corpo é o da afinidade moral, expressa, conforme a explanação anterior, por meio da afinidade vibratória ou sintonia.
O espírito será atraído para regiões e companhias que estejam harmonizadas e sintonizadas com ele através das ações, pensamentos, instruções, desejos e intenções, ou seja, impulsos predominantes. Podendo assim, subir mais ou se degradar mais.
O lúbrico terá entrevistas eróticas de todos os tipos, o avarento tratará de negócios grandiosos (materiais) e rendosos usando a astúcia. A esposa queixosa encontrará conselhos contra o seu marido, e assim por diante. Amigos se encontram para conversas edificantes, inimigos entram em luta, aprendizes farão cursos, cooperadores trabalharão nos campos prediletos, e, assim, caminhamos.
Para esta maravilhosa doutrina, conforme tais considerações, o sonho é a recordação de uma parte da atividade que o espírito desempenhou durante a libertação permitida pelo sono. Segundo Carlos Toledo Rizzini, interpretação freudiana encara o sonho como apontando para o passado, revelando um aspecto da personalidade.
Para o Espiritismo, o sonho também satisfaz impulsos e é uma expressão do estilo de vida, com uma grande diferença: a de não se processar só no plano mental, mas ser uma experiência genuína do espírito que se passa num mundo real e com situações concretas. Como vimos, o espírito, livre temporariamente dos laços orgânicos, empreende atividades noturnas que poderão se caracterizar apenas por satisfação de baixos impulsos, como também, trabalhar e aprender muito. Nesta experiência fora do corpo, na oportunidade do desprendimento através do sono, o ser, poderá ver com clareza a finalidade de sua existência atual, lembrar-se do passado, entrevê o futuro, todavia a amplitude ou não dessas possibilidades é relativa ao grau de evolução do espírito.
Verifiquemos três questões do Livro dos Espíritos, no capítulo VIII, perguntas: 400, 401 e 403.
P-400 “O Espírito encarnado permanece de bom prazer no seu corpo material? - É como se perguntasse a um presidiário, se gostaria de sair do presídio. O espírito aspira sempre à sua libertação e tanto mais deseja ver-se livre do seu invólucro, quanto mais grosseiro é este.
P-401 “Durante o sono a alma repousa como o corpo? - Não, o espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços entre corpo e espírito e, ele se lança pelo espaço e entra em relação com os outros espíritos sintonizados por ele.
P-403 “Como podemos julgar a liberdade do espírito, durante o sono? - Pelos sonhos.
O sono liberta parcialmente a alma do corpo, quando adormecido o espírito se acha no estado em que fica logo a morte do seu corpo.
O sonho é a lembrança do que o espírito viu durante o sono. Podemos notar, que nem sempre sonhamos. Mas, o que isso quer dizer? Que nem sempre nos lembramos do que vimos, ou de tudo o que havemos visto, enquanto dormimos. É que não temos ainda a alma no pleno desenvolvimento de suas faculdades. Muitas vezes somente nos fica a lembrança da perturbação que o nosso Espírito experimentou.
Graças ao sono os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos. As manifestações, que se traduzem muitas vezes por visões e até mesmo, “assombrações” mais comuns se dão durante o sono, por meio dos sonhos. Elas podem ser: uma visão atual das coisas, futuras, presentes ou ausentes; uma visão do passado e, em alguns casos excepcionais, um pressentimento do futuro. Também muitas vezes são quadros alegóricos que os Espíritos nos põem sob as vistas, para dar-nos úteis avisos e salutares conselhos, se se trata de Espíritos bons, e para induzir-nos ao erro, à maledicência, às paixões, se são Espíritos imperfeitos.
O sonho é uma expressão da vida real da personalidade. O espírito procura atender a desejos e intenções inconscientes e conscientes durante esse tempo de liberdade temporária. Conforme o grau, tipo de sintonia e harmonia gerada pela afinidade moral com outros Espíritos, direciona-se automaticamente para a parte do mundo espiritual que melhor satisfaça essa sintonia e suas metas e objetivos, ainda que não lícitos; e aí conta com amigos, sócios, inimigos, desafetos, parentes, “mestres” etc.
Contamos ainda com mais dois tipos de sonhos. O primeiro é o premonitório, quando se toma algumas informações ou conselhos sobre algum acontecimento futuro. O segundo é o pesadelo, ou seja, o sonho ansioso, em que entra o terror. É também uma experiência real, porém, penosa; o sonhador vê-se pressionado por inimigos ou por animais monstruosos, tem de atravessar zonas tenebrosas, sofrer castigos, que de fato são vivências provocadas por agentes do mal ou por desafetos desta ou de outras vidas.

13 de maio de 2009

Mediunidade e Umbanda


O trabalho mediúnico

Não é fácil ser médium e mais difícil ainda é ser médium de Umbanda.
A mediunidade é o elo de ligação, o caminho e a meta das pessoas possuidoras desse dom. E longe de ser um instrumento passivo, o médium, como mediador que é, tem o dever de buscar o auto-aprimoramento e a reta conduta pois, esses são os sintonizadores maiores da mediunidade. É como disse o mestre: "Uma árvore má não pode dar bons frutos"… e é plantando que se colhe, ou seja, nossas afinidades refletem o nível e o tipo de espíritos que atraímos para nosso campo mediúnico.
Sabemos o quanto é penoso o caminho da matéria, quantos pseudo-atalhos existem no caminho da evolução, incontáveis atalhos que não levam a lugar nenhum e, para conseguirmos uma sintonia fina com "canais" superiores precisamos de três coisas básicas: humildade, simplicidade, e pureza de pensamentos, sentimentos e ações. A primeira vista parece simples, mas quando pisamos no chão, nos damos conta de nossa fraqueza que, nos atira a caminhos escuros e incertos. Então, só apelando para o Astral superior é que conseguiremos trilhar o verdadeiro caminho da espiritualidade pois, se estamos fracos, nossa fé verdadeira pautada pela razão nos libertará. E gradativamente conquistaremos e domaremos o nosso pior inimigo que, está em nosso íntimo.
Ainda, em termos científicos podemos definir a mediunidade como um aumento variável da percepção extra-física ( PES ), causada por modificações e acréscimos energéticos nos chacras de determinadas pessoas, e ressaltamos que esse processo ocorre antes de encarne ou seja, a nível Astral.
Essas pessoas, os médiuns, possuem o dom mediúnico por terem missões kármicas dentro do movimento espiritualista. A palavra mediunidade significa modo, meio de manifestação, ou intermediação.
E partindo do fato de que a mediunidade está vinculada a missões definidas, não é correto afirmarmos que todas as pessoas são médiuns; Podemos dizer que todos são suceptiveis à influências espirituais mas, isso não é mediunidade.
Saibam também que existem diversas formas de mediunidade, tais como: a clarividência, a clariaudiência, vidência etc. E existe uma forma de mediunidade mais acentuda, a mais utilizada na Umbanda, que é a mediunidade de incorporação.
O médium de incorporação é aquele que além da ligação e proteção da corrente espiritual de sua vibração original ( Orixá ), possui uma forte ligação com determinadas entidades espirituais.
Essa ligação vem de ligações kármicas e do acordo firmado no plano Astral, pelo próprio médium antes de seu reencarne, onde o mesmo se compromete a trabalhar pela causa espiritualista em determinado movimento ou culto.
Por essa razão que ouvimos pessoas dizerem que foram falar com a entidade tal, e ela lhe aconselhou para que vestisse a roupa branca, ou seja, que assumisse sua missão mediúnica.
Vocês que passaram por isso, se conversaram com "entidades de fato" e foram chamados para o trabalho, não percam tempo. Procurem um templo que mais se afinize com suas idéias e assumam seu compromisso que, certamente serão mais felizes e realizados.
Dentro da mediúnidade de incorporação existem três tipos básicos de atuação que carcterizam graus kármicos e de consciência, expressos nos médiuns de karma: probatório, evolutivo, ou missionário.
Os médiuns de karma probatória se afinizam e trabalham com entidades no grau de protetores. A maioria de nós está nessa condição e utiliza o caminho da mediunidade como apaziguador para débitos kármicos antigos.
Há também, os médiuns de karma evolutivo se afinizam e trabalham com entidades no grau guia, eles possuem um mediunismo mais apurado com possibilidades de desenvolver a clarividência e a clariaudiência, na depêndencia da função desenpenhada, a qual lhe foi confiada no astral.
Por fim, existem raros médiuns no grau de missionários, eles são mestres com grandes missões junto a coletividade a qual pertencem, e se mediunizados podem contactar e manifestar entidades no grau de Orixás Menores; Eles possuem vários dons mediúnicos, associados a um grande conhecimento, adquirido em encarnações pretéritas, e alicerciados pela luz do amor e da sabedoria que só raras pessoas possuem.
Enfim, independente do grau ou atividade mediúnica, todas as entidades espirituais trabalham e todos os médiuns estão aptos a desenvolver também, importantes trabalhos que contribuirão para evolução mundial.
Se cada um fizer sua pequena parte, por amor, teremos um mundo bem melhor porque o futuro realmente depende de nós !

Ante a Mediunidade

No trato da mediunidade, não andemos à cata de louros terrestres, nem mesmo esperemos pelo entendimento imediato das criaturas.Age e serve, ajuda e socorre sem recompensa. Recordemos Jesus e os fenômenos do espírito.Ainda criança, ele se submete, no Templo, ao exame de homens doutos que lhe ouvem o verbo com imensa admiração, mas a atitude dos sábios não passa de êxtase improdutivo.João Batista, o amigo eleito para organizar-lhe os caminhos, depois de vê-lo nimbado de luz, em plena con­sagração messiânica, ante as vozes diretas do Plano Su­perior, envia mensageiros para lhe verificarem a idonei­dade.Dos nazarenos que lhe desfrutam a convivência, apenas recebe zombaria e desprezo.Dos enfermos que lhe ouvem o sermão do monte, buscando tocá-lo, ansiosos, na expectativa da própria cura, não se destaca um só para segui-lo até à cruz.Dos setenta discípulos designados para misteres san­tificantes, não há lembrança de qualquer deles, na leal­dade maior.Dos seguidores que comeram os pães multiplicados, ninguém surge perguntando pelo burilamento da alma.Dos numerosos doentes por ele reerguidos à bênção da saúde, nenhum aparece, nos instantes amargos, para testemunhar-lhe agradecimento.Nicodemos, que podia assimilar-lhe os princípios, pro­cura-lhe a palavra, na sombra noturna, sem coragem de liberar-se dos preconceitos.Dos admiradores que o saúdam em regozijo, na en­trada triunfal em Jerusalém, não emerge uma voz para defendê-lo das falsas acusações, perante a justiça.Judas, que lhe conhece a intimidade, não hesita em comprometer-lhe a obra, diante dos interesses inferiores.Somente aqueles que modificaram as próprias vidas foram capazes de refleti-lo, na glória do apostolado.Pedro, fraco, fez-se forte na fé, e, esquecendo a si mesmo, busca servi-lo até à morte.Maria de Magdala, tresmalhada na obsessão, recupe­ra o próprio equilíbrio e, apagando-se na humildade, converte-se em mensageira de esperança e ressurreição.Joana de Cusa, amolecida no conforto doméstico, olvi­da as conveniências humanas e acompanha-lhe os passos, sem vacilar no martírio.Paulo de Tarso, o perseguidor, aceita-lhe a palavra amorosa e estende-lhe a Boa-Nova em suprema renúncia.Não detenhas, assim, qualquer ilusão à frente dos fe­nômenos medianímicos.Encontrarás sempre, e por toda parte, muitas pessoas beneficiadas e crentes, como testemunhas convencidas e deslumbradas diante deles; mas, apenas aquelas que transfiguram a si mesmas, aperfeiçoando-se em bases de sacrifício pela felicidade dos outros, conseguem aprovei­tá-los no serviço constante em louvor do bem.

Ante a mediunidade

12 de maio de 2009

Relato de caso – Dissociação inconsciente de personalidade

No início da reunião uma das médiuns percebeu a presença de um ser trajando uma túnica cor de marfim, ricamente ornamentada, mas este não se manifestou e tbm não foi percebido pelos outros médiuns, sendo que então prosseguimos com os trabalhos.

Uma das consulentes que atendemos, uma moça de vinte e poucos anos, queixava-se de que seus relacionamentos sempre terminavam com ela perdendo o interesse (sexual) pelos seus namorados. Ao sintonizar com ela os médiuns perceberam um homem muito irado, referindo-se a ela de maneira pejorativa. Tbm perceberam um espírito feminino que observava a cena. Este espírito feminino é de uma mulher encarnada que se encontrava ali em desdobramento inconsciente.

Em uma vida passada esta moça fora ‘prometida’ em casamento para este homem ‘irado’. Ela apaixonou-se por um rapaz que tbm era noivo e o ‘irado’ matou ambos, degolados, para preservar a sua ‘honra’. O espirito feminino que observava a cena era 'noiva' desse rapaz, o ‘degolado’, e naquela ocasião presenciou esta trágica cena de morte, tendo perdido a voz naquela vida. Averiguamos se ela, a ‘noiva’ teria alguma seqüela na vida atual em sua garganta, ao que ela afirmou positivamente, mas esclarecendo que já se encontrava em tratamento com outro grupo. Em vida anterior àquela, este mesmo grupo de espíritos vivera situação semelhante. A nossa consulente, a ‘prometida’, era casada com o ‘irado’ e o rapaz, o ‘degolado’, era casado com a mulher que observava, a ‘noiva’, sendo que eram amantes (a prometida e o degolado) e fugiram juntos, tendo abandonado seus cônjuges. A consulente encontrava-se com este ser em desdobramento durante o sono e mantinham relações sexuais, sendo esse um dos fatos, associado à vontade do ‘irado’ sobre ela, que afirmou em dado momento que ‘se ela não quis ser minha mulher não será de mais ninguém’, que fazia com que ela perdesse o interesse pelos seus ‘namorados’ encarnados. O ‘irado’ foi esclarecido e aceitou nosso auxílio, tendo sido encaminhado pela nossa equipe espiritual para outra instância, a fim de prosseguir com sua jornada evolutiva. A ‘noiva’ retornou para seu corpo.

Senti algo de ‘trevoso’ com a consulente e pedi aos médiuns que ‘olhassem’ ela novamente, mas nada perceberam. Ela saiu e prosseguimos com a reunião. Os médiuns captaram então aquele ser de túnica que aparecera no início da reunião. Ele fez algumas afirmações elogiosas ao grupo, numa clara bajulação do tipo 'puxa-saco', e tbm que ‘havíamos tratado bem a menina dele’. A ‘menina dele’ era a nossa consulente , a 'prometida', e então promovemos a incorporação desse ser numa das médiuns fim de conversarmos com ele. A médium que o ‘recebeu’ foi a mesma que o viu inicialmente. Chegou cheio de si, ‘se achando’ como se costuma dizer, e foi logo desmascarado, tendo sido revelada sua verdadeira aparência, que era a de um animal, um dragão. Passou a fazer ameças ao mesmo tempo que outra médium sintonizou com o local onde ele vivia. Era uma região trevosa onde havia uma meia dúzia de jaulas, cheias de pessoas, às quais ele escravizara e aterrorizava.

Desmanchamos as jaulas e recolhemos todos os seres, enquanto o nosso amigo, o ‘dragão’, entrava em desespero. Havia lá outro dragão, que foi recolhido em uma bolha separada. Este outro dragão era uma dissociação inconsciente de personalidade da nossa consulente, a ‘prometida’, que se manifestava naquela dimensão com esta forma. Ambos foram encaminhados pela equipe espiritual para tratamento.

Esses casos de dissociação inconsciente de personalidade são relativamente comuns, mas pelas nossas observações, nos casos onde isto esteja ocorrendo com freqüência, geralmente existe algum ser desencarnado ‘potencializando’ o fenômeno. Nestes casos há sempre uma forte energia emocional agregada e que, somada a energia mento-emocional de uma consciência extra-física (não encarnada), provoca a sintonia do encarnado dissociado e o conseqüente desdobramento inconsciente deste. A intensidade desse fenômeno dissociativo vai depender de uma séria de fatores, inclusive cármicos, como o tipo de personalidade atual do encarnado, sua gradação espiritual, as atividades que desenvolve, etc.

Abraços.

GELSON CELISTRE

(51) 9394-6023

Orientação Espiritual - Terapia de Vidas Passadas - Terapia de Regressão - Hipnose Clínica - Apometria - Mestre Reiki - Psicoterapia

2 de maio de 2009

Mediunidade de todos os tempos - segunda parte

Em todos os tempos houve médiuns naturais e inconcientes que, pelo simples fato de produzirem fenomenos insolitos e incompreendidos, foram qualificados de feiticeiros e acusados de pactuarem com o diabo; foi o mesmo que se deu com a maioria dos sábios que dispunham de conhecimentos acima do vulgar.
A ignorância exagerou seus poderes e, muitas vezes, eles mesmos abuzaram da credulidade pública axplorando-a.
A crença na aparição e manifestação dos "mortos " remota a eras que se perde na noite dos tempos.
Desde que o mundo é mundo, os espiritos nunca deixaram de patentear aos homens a sua imortalidade.
Se remontamos à época dos oráculos, tão veneradso pela filosofia pagã, veremos o papel salientes dos profetas (mediuns ) e das manifestações dos "mortos," como que exaltando o sentimento e a razão humana, para lhe descortinar as manifestações da vida eterna.
Era tão grande a influência da profecia sobre os povos, que estes mandavam construir os templos sobre fendas do solo, donde diziam sair exaltações que davam poder da inspiração profética.
A Historia esta repleta de fatos, que são comunicações Espiritas.